Dia 6 - Vichy

Bem, hoje acordei bem, acho que finalmente me livrei do maldito jetlag. Eu sempre estou um zumbi de manhã, mas dessa vez estava mais disposto, crente de que ia me livrar do jetlag (e voilá!). Bem, tomei meu chocolate quente, comi meu pãozinho (era como se fosse um croissant com nutella dentro), um iogurte e simbora, o Asmier (espero que se escreva assim), malasiano que também está morando aqui, veio me chamar para irmos para o Cavilam. Hoje foi foda porque tava frio, tipo não frio de matar, mas quando você tá numa descida numa bike e tá ventando frio, é frio.

Bom, prendi a bike e fui pro College para mais uma aulinha deliciosa de francês. Chegando lá lembrei que ia rolar umas apresentações, a Patrícia (uma FEA 09 da Unicamp, VAI UNICAMP!), falou sobre São Paulo e depois uma chinesa (Alice) falou sobre Pékin (Pequim, ah vá!), foi muito interessante, tipo ela falou muita coisa que a todo mundo sabia, sobre a grande muralha (que tem 5000 Km), sobre o palácio doidera lá, enfim. O que achei muito interessante foi ela ter contado que na China existe um presidente que é escolhido por voto indireto, tipo uma pirâmide, onde os eleitores escolhem representantes por região e assim por diante, além disso ela falou que eles estudam bastante (das 6h30 às 22h30, aproximadamente) para passar no "vestibular" de lá, que é muito concorrido, sendo que por ano tem cerca de um milhão de alunos concorrendo! Trés interessant !

Eu gostei da aula de hoje, foi um pouco mais interessante, depois teve um vídeo sobre o Facebook e  quando ele entrou na bolsa, etc. Não deu tanto sono, hehe. E finalmente fui bandejar, como de praxe a fila enorme. A comida hoje era arroz (Oh!), cenoura e peixe e de sobremesa tinha uma espécie de churros! HAHA. Depois do almoço fui na mediathèque e paguei 5,60 € para ter direito a utilizá-la. Peguei uma gramática (é, fi, pensa que é fácil? Né fácil não!) e um desenho (Azur et Asmar). Depois fui para o nosso maravilho ateliê (ô, coisa boa!), e dessa fez apesar de ter sido chatinho deu para aprender algo, a gente tinha que preencher uma folha com esportes, tipo falava "Que esporte que você pula", aí você escrevia lá, o problema é que não podia usar dicionário (português-francês) só o dicionário francês, aí deu um trampinho, mas me forçou a aprender algo pelo menos, haha.

Saindo de lá fui com os brazucas comer um crêpes que tava bom, mas que me beijou com a gastrite! Osso! Voltei para casa morto, tava muito calor, tava muito sol, e percebi que estou preto, realmente preto, tirei o relógio e vi o contraste com minha pele, tenso! O meu irmão veio trocar uma ideia comigo fuçar nas coisas aqui, ficou mexendo um pouco no meu iPod e depois vazou, aí do nada cola meu pai com um cara enorme (o chileno que ia chegar ontem e acabou chegando hoje), o cara se chama Juan, parece ser bem gente boa, mas tava bem perdido porque não falava nada de francês, hehe. Nossa, cansei de escrever. HAHA, tô com soninho, amanhã continuo! (:

Continuação:

Bom, às 20h00 fomos jantar, dessa vez a mesa estaria completa, o Asmier tinha acabado seu Ramadã (na verdade ele acabou um dia antes porque ele fez algo que eu não consegui compreender por nada nesse mundo, hahaha). Então agora estamos em seis, metade da casa, metade de gringo, hehe! Já posso contar esse jantar foi engraçado! De entrada tínhamos uma espécie de pasto de berinjela, alguns legumes não-identificáveis e tomate. O prato principal era  uma espécie de strognoff de cordeiro e o arroz era meio ensopado (eles chamam isso de blanche ou algo assim, hehe). A sobremesa era sorvete de creme com uma compota de pêssego com damasco excelente feita pela minha mère. Mas o engraçado não foi a comida, foi a conversa, hehe. O meu pai ficava falando em francês com o Juan (chileno) e ele não entendia nada e olhava para mim com uma cara de "pelo amor de Deus faz esse cara parar ou me traduz o que ele tá falando".

Com essa conversa descobri que o Juan veio de Calama (aô, galera do mochilão!), uma cidade muito próxima de San Pedro de Atacama, que foi a cidade que ficamos um bom tempo no Chile, onde pudemos conhecer o Vale de La Luna, Geisers, etc. Calama é um deserto (como quase todo o Chile/Peru, hehe, brincs), e por causa disso a minha mère comentou que era estranho o Juan ter a pele tão branca morando num deserto, e fez uma brincadeira engraçada, ela falou "olha por exemplo o Asmier", hauhauhauhau, ai ele mandou um "beaucoup de soleil", escrevendo agora parece idiota, mas na hora foi bem engraçado.

Depois disso cada um foi pro seu quarto. Dei uma arrumadinha aqui e ali e bem, fui dormir: amanhã é fim de semana finalmente! \o/

Bisous ! *: