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mardi 31 juillet 2012

Dia 3 - Vichy



Hoje é aniversário do meu pai! Parabéns, seu fofo! :)

Bom, meu primeiro dia de aula de manhã, osso acordar, como sempre. A aula foi legalzinha, mas nada demais, tô meio perdido ainda porque tô um pouco "enferrujado". Bom, depois disso fui bandejar, tivemos vagem com batata frita e peixe frito (pela mor, o que eles têm com batata fritas?!), de sobremesa tinha donuts (hahuahauhua, sério!) e fui para minha primeira aula de ateliê, percebi que o negócio ia ser chato...

Depois disso sai para ir no supermercado (o Monoprix) para comprar cortador de unha (é...). Chegando em casa tivemos o nosso segundo jantar, que foi novamente macarrão, e a entrada uma salada além disso tivemos como sobremesa sorvete. Ah, aprendi uma musiquinha bem legal que devemos cantar depois de comermos e estarmos bem satisfeitos, haha.
 Bom, no geral é isso, mas quero falar um pouco sobre minhas primeiras impressões, impressões sem conceito algum, apenas uma visão minimalista do meu meio, espero um dia comparar essa minha "primeira" visão com uma visão mais aprimorada e conceituada da coisa.

A primeira coisa que todo mundo falam: "os franceses são chatos, eles não falam inglês", pela amor, que século estamos?! Óbvio que eles falam, não todos, como no Brasil nem todo mundo é simpático aqui nem todo mundo é também, mas eles não tem uma rivalidade com o inglês que os faria se recusar a falar com uma pessoa inglês por simplesmente ser. Lembrando que no meu primeiro dia foi um francês de Toulouse que salvou minha vida, senão eu estaria numa situação bem complicada...

O que eu consigo ver por uma visão bem minimalista? Os franceses são na deles, como a maioria dos europeus (não os italianos acredito eu haha) eles não falam alto, são tranquilos, meio sérios, mais ou menos educados (pô é difícil um povo que nem o do Brasil que todo mundo sai se abraçando sem mais nem menos...). Não vejo muitas roupas de marcas, as pessoas no geral se vestem bem (umas nem tanto). Mas o que consigo pensar nesse momento? Eles se importam com o que importa. Existe um incentivo muito grande do governo para se utilizarem meios não poluentes de transporte, existe uma iniciativa para incentivar as crianças a comerem 5 frutas/legumes por dia, passa até propaganda na TV disso. Onde quero chegar? Eu não sei ainda, não conheço nada desse país, mas acredito que conheça bastante do Brasil. Existe sim muitas campanhas do governo brasileiro, campanhas estas que muitas vezes sequer chegam ao nosso conhecimento (são direcionadas às classes mais pobres da população). Mas o que isso tem a ver? Tem a ver com o que todo mundo fala, que brasileiro gosta de reclamar mas não faz nada.

Boa parte da minha vida eu sempre quis achar a resposta perfeita para o fato do Brasil "não dar certo", eu sempre procurava tentar achar uma "resposta mestra", mas nunca achava a resposta ideal. Falar que o brasileiro é folgado? Falar que o brasileiro é mau? Falar que o brasileiro é bobo? Falar que o brasileiro não se importa? Bom, é difícil generalizar, diria impossível. Mas então porque a gente tem tanto problema no Brasil? Porque a gente cria muito problema. Acho que esse é o problema do Brasil. O governo cria uma campanha de incentivo a leitura, ao invés de a gente incentivar a leitura nos gastamos tempo criticando a ineficácia do governo em fazer uma campanha boa, e blá, blá, blá. Porque tem tanto brasileiro rico às custas de "pobres coitados", porque eles não reclamam (não, cara, não tô falando para você ser um alienado, robô, vendido, marionete do estado, não, não estou falando isso, querido pseudo-revolucionário). Exato, enquanto muitos perdem tempo procurando problemas outros gastam esse tempo resolvendo os reais problemas que têm. Se você está com dívidas pode passar a vida inteira reclamando da alta carga tributária do Brasil, não tente quitá-las. Se você está desempregado não busque emprego, reclame do governo para seu vizinho. E assim continua a vida... os pobres mais pobres, os ricos mais ricos. Preste bem atenção, não estou falando para não reivindicar seus direitos, não estou falando para não lutar. Estou falado para não deixar isso tomar conta da sua vida e chegar em um ponto que você não viva.

Bom, é uma visão bem minimalista que me fez mais falar sobre Brasil do que sobre meus anseios pelo o que pode ser o povo francês. Mas acho que uma nova cultura não abre sua mente só sobre ela mesma, mas sim sobre a sua própria cultura e as demais.

Acho que a frase que sintetiza bem o que quero dizer, e que vou deixar para finalizar esse post é "Vivemos tanto que não vivemos".

Reflito, mudo, cresço.

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